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Nível de cortisol pode afetar a personalidade da criança

12 de julho de 2011 (Bibliomed). Traços de personalidade das crianças, como submissão e assertividade, podem estar relacionados à resposta química ao estresse.

Pesquisadores da Universidade de Rochester (EUA) fizeram um estudo com crianças de famílias de baixo status socioeconômico. 201 crianças de dois anos de idade participaram da pesquisa.

As crianças foram divididas em grupos de acordo com algumas características específicas de personalidade. Algumas tinham comportamentos que as assemelhavam a pombas: vigilantes e submissas, choravam, não se separavam das mães e não reagiam bem a novos ambientes. Já outras eram mais semelhantes a falcões: agressivas, ousadas, dominadoras e exploravam sem medo novos ambientes e objetos.

Em um dos experimentos feitos no estudo, as crianças assistiram uma discussão leve feita ao telefone pelos pais. Crianças que tinham comportamentos de pombas e viviam com pais que brigavam muito tinham altos níveis de cortisol. As crianças “falcão” que estavam expostas a um ambiente parecido produziam níveis baixos desse hormônio. Acredita-se que o cortisol aumente a sensibilidade de uma pessoa ao estresse e níveis baixos de cortisol estão ligados à menor sensação de perigo.

“Essa reatividade alta ou baixa ao cortisol provê diferentes vantagens e desvantagens de desenvolvimento”, explica o autor do estudo, Patrick Davies. “Níveis elevados de cortisol característicos das pombas foram relacionados a menos problemas de atenção, mas também os colocam em risco de desenvolverem ansiedade de depressão, enquanto níveis mais baixos de cortisol nos falcões foram associados a menores problemas de ansiedade mas maior inclinação a comportamento arriscado, incluindo problemas de atenção e hiperatividade”.

A pesquisa foi publicada no periódico online Development and Psychopathology.

Fonte: UPI 8 de julho de 2011

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