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Exemplo do Papai Noel pode ser ruim para a saúde pública, alerta especialista

23 de dezembro de 2010 (Bibliomed). Não é preciso calculadora nem fita métrica para constatar que o índice de massa corpórea (IMC) e a circunferência abdominal do Papai Noel estão muito além do que recomendam os médicos. Devido à figura um tanto quanto rechonchuda desse personagem e sua influência no imaginário principalmente das crianças, diversas pesquisas apontam que Papai Noel pode ser um exemplo ruim em termos de hábitos de saúde.

“Há uma correlação entre os países que mais veneram o Papai Noel e altos índices de obesidade infantil”, alerta o epidemiologista Nathan Grills, da Universidade Monash, na Austrália, em artigo publicado em 2009 no British Medical Journal. O especialista ainda exagera, destacando que a figura desse personagem incentiva comportamentos de risco, como viajar em seu trenó em alta velocidade e praticar esportes radicais como surfe no teto e mergulho em chaminés. “Apesar dos riscos dessas atividades, Papai Noel nunca é representado usando cinto de segurança ou capacete”, diverte-se Grills.

Em revisão de literatura e de material da internet realizada no ano passado para avaliar o potencial impacto negativo do Papai Noel na saúde pública, os pesquisadores notaram que, entre as crianças americanas, esse personagem é o único mais conhecido do que Ronald McDonald, palhaço da rede de fast foods de mesmo nome. Porém, como ele, Papai Noel costuma ser associado à venda de alimentos não saudáveis e, em alguns cartões de natal, ainda aparece fumando cachimbo, fora o fato de ser tradição, em alguns países, deixar alguma bebida alcoólica para desejar ao bom velhinho uma boa viagem.

Em tom de brincadeira, outro fator citado pelos pesquisadores é que Papai Noel tem grande potencial de propagar doenças infecciosas, pois, se ele espirrar ou tossir dez vezes por dia, todas as crianças que sentam em seu colo podem ganhar, como presente de Natal, uma gripe ou resfriado. Baseados em todas essas evidências, os especialistas defendem que a imagem do bom velhinho seja usada para promover um estilo de vida mais saudável.

Fonte: 1) UNESP Ciência. 21 de dezembro de 2010. 2) British Medical Journal. Dezembro de 2009.

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