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18 de agosto de 2025 (Bibliomed). Muitos norte-americanos ainda desconhecem o risco de câncer para homens e mulheres representado pelo papilomavírus humano, segundo uma nova pesquisa da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos.
A maioria das pessoas não sabe muito sobre o HPV e seus riscos de câncer a longo prazo, e também têm percepções equivocadas sobre como o vírus é transmitido. Por exemplo, a maioria das pessoas desconhece que o vírus é mais comum entre homens do que entre mulheres e está associado ao aumento das taxas de câncer que afetam diretamente os homens. Em vez disso, as pessoas ainda veem o HPV como mais associado ao risco de câncer de colo do útero em mulheres e ignoram a importância da vacinação para os homens. Essa falta de conscientização pode explicar por que as taxas de vacinação contra o HPV têm aumentado lentamente.
Para a pesquisa, os pesquisadores perguntaram às pessoas se elas concordavam ou discordavam de afirmações básicas sobre o HPV. As respostas demonstraram uma espantosa falta de conhecimento. Por exemplo, cerca de 42% das pessoas acreditam que o HPV é mais comum em mulheres do que em homens. Da mesma forma, quase metade dos entrevistados (45%) não sabia que o HPV está associado a outros tipos de câncer além do câncer de colo do útero em mulheres.
Nos homens o vírus pode causar câncer de pênis, ânus, cabeça e pescoço. Cerca de 4 em cada 10 casos de câncer causados pelo HPV ocorrem em homens. Estimativas recentes sugerem que esses cânceres podem se tornar um dos três principais tipos de câncer entre homens de meia-idade dos EUA, de 45 a 65 anos, até 2045, e o câncer mais comum em homens idosos nos próximos 10 anos.
Na nova pesquisa, 40% dos entrevistados acreditam que pessoas com HPV apresentam sintomas. Na verdade, as infecções por HPV são em grande parte silenciosas por anos, com os sintomas se desenvolvendo somente depois que o vírus causa câncer.
O HPV é transmitido sexualmente e, uma vez que alguém é infectado, não há medicamentos que possam eliminá-lo do vírus. Estatísticas mostram que a vacina tem sido eficaz na redução do HPV desde sua aprovação para meninas em 2006 e aprovação subsequente para meninos em 2009. As infecções com as cepas de HPV que causam a maioria dos cânceres caíram 88% entre adolescentes e 81% entre mulheres adultas jovens.
Fonte: Ohio State University press-release.
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