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Exposição ao fumo passivo é alta entre os universitários, indica pesquisa

24 de julho de 2009 (Bibliomed).  Um estudo publicado esta semana na revista especializada Nicotine & Tobacco Research indica que a exposição ao fumo passivo não é apenas um incômodo, mas uma potencial preocupação de saúde para muitos estudantes universitários.

“Enquanto alguns campi são livres do cigarro, outros, virtualmente, não têm nenhuma restrição do tabagismo, nem mesmo nos corredores das residências”, destacam os pesquisadores da Universidade Wake Forest, nos EUA. Segundo os especialistas, há um crescente movimento contra o fumo no país, mas fumar ainda é permitido em muitos ambientes das universidades.

Entrevistando mais de 4,2 mil estudantes universitários de dez universidades do Estado da Carolina do Norte, os pesquisadores notaram que 83% dos estudantes relataram terem sido expostos ao fumo passivo pelo menos uma vez nos sete dias anteriores à pesquisa. A maioria disse que isso ocorreu em restaurantes ou lanchonetes (65%) e nos dormitórios ou residências (55%).

Os fumantes eram mais propensos a relatar a exposição ao fumo passivo – provavelmente por terem mais amigos que fumam e frequentarem mais locais onde é permitido fumar –, e aqueles que bebiam mais também apresentavam mais ocasiões de convivência com um fumante. E quase todos os não-fumantes (94%) e a maioria dos fumantes (58%) relataram que a exposição ao fumo passivo seria algo muito incômodo para eles.

“Estamos chocados de ver que 83% dos estudantes relataram pelo menos alguma exposição durante a semana anterior”, assumiu o pesquisador Mark Wolfson. “Não sabemos se a exposição foi em nível de incômodo ou em nível que pode afetar a saúde. De qualquer forma, sabendo o que sabemos sobre o fumo passivo, reduzir as taxas de tabagismo é definitivamente algo que deveríamos olhar seriamente nos campi universitários”, completou.

Os especialistas destacam que o fumo passivo deve ser combatido, pois contém pelo menos 250 substâncias tóxicas ou causadoras de câncer, e estimativas indicam que ele é responsável por três mil mortes anualmente por câncer de pulmão e por 35 mil mortes por doença cardíaca, infecções respiratórias, asma, morte súbita infantil e outras doenças nos Estados Unidos.

Fonte: Wake Forest University Baptist Medical Center. 22 de julho de 2009.

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