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29 de janeiro de 2010 (Bibliomed). Os riscos do fumo passivo não estão restritos apenas aos não-fumantes. Um recente estudo do Instituto Nacional de Pesquisa do Câncer de Genova, na Itália, indica que os fumantes que inalam sua própria fumaça em ambientes fechados aumentam significativamente os riscos para sua saúde associados ao tabagismo. Publicados na revista científica Environmental Health, os resultados indicaram que as pessoas que fumam 14 cigarros por dia inalando sua própria fumaça em locais fechados fumam, na verdade, o equivalente a 2,6 cigarros a mais no final do dia.
De acordo com os autores, essas descobertas contrariam a crença geral de que seriam insignificantes os riscos adicionais de se inalar a própria fumaça, em comparação com os riscos associados ao tabagismo direto. “A contribuição de ambos – o tabagismo ativo e o passivo – devem ser sempre considerada em estudos sobre saúde de fumantes ativos”, destacou a pesquisadora Maria Teresa Piccardo.
O estudo analisou a contribuição do fumo passivo à exposição total a carcinogênios – substâncias que podem causar câncer – em 15 fumantes italianos que trabalhavam em bancas de jornal. E os resultados indicaram que o tabagismo “de segunda mão” representa, em relação à exposição a carcinogênios do cigarro, entre 15% e 23% no fumante de cigarros comuns e de 21% a 34% dos fumantes de cigarros leves.
O fumante médio do estudo fumava 14 cigarros por dia, inalando, ao fumar dentro da banca, o equivalente a 2,6 cigarros extras por dia. Além disso, ao inalar a fumaça do cigarro dos outros, esses participantes “acrescentavam” 1,3 cigarros normais em relação à sua exposição diária aos carcinogênios. Esses resultados, segundo os pesquisadores, indicam os perigos do fumo passivo também para o fumante, principalmente em locais fechados.
Fonte: Environmental Health. 28 de janeiro de 2010.
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