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Muitas mulheres não seguem adequadamente tratamento de câncer de mama

06 de novembro de 2008 (Bibliomed). Muitas pacientes com câncer de mama arriscam a vida ao deixar de tomar um medicamento prescrito para o tratamento da condição, segundo estudo da Universidade de Dundee. De acordo com os pesquisadores, metade das pacientes falha no tratamento de cinco anos com o tamoxifeno, droga necessária para maximizar suas chances de sobrevivência.

Avaliando o registro de prescrição de mais de 2 mil mulheres, os pesquisadores descobriram também que 20% delas esquecem, com freqüência, de tomar o comprimido. E, segundo cálculo dos especialistas, aquelas que deixam de tomar um comprimido a cada cinco dias têm 10% maior risco de morte.

O estudo indica que, após um ano, 10% das mulheres param de tomar o medicamento por conta própria; dois anos depois, esse número aumenta para 19%, chegando a 32% três anos e meio após o início do tratamento. E as mulheres mais jovens seriam mais propensas a essa tendência.

“O tamoxifeno é prescrito por cinco anos para oferecer uma melhor chance de sobreviver ao câncer de mama, e não tomar os comprimidos significa que muitas mulheres poderiam estar em desvantagem” disse o cientista Alastair Thompson, líder do estudo. Para ele “médicos e enfermeiros deveriam encorajar os pacientes a continuar tomando sua medicação prescrita, assegurando que os efeitos colaterais sejam controlados da melhor forma possível e, assim, obter o máximo benefício da medicação”.

Mais de um milhão de mulheres são diagnosticadas anualmente com o câncer de mama em todo o mundo. E as taxas de sobrevivência das pacientes têm melhorado nas últimas décadas – nos anos 70, 50% sobreviviam em cinco anos; e, agora, essa taxa é de 80%. Porém os especialistas lembram que é essencial que as mulheres sigam o tratamento adequado e consultem o médico regularmente para aumentar sua sobrevida.

Fonte: BBC News. 05 de novembro de 2008.

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