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Medicamentos são realmente seguros para crianças?

30 de outubro de 2007 (Bibliomed). A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou uma notificação, a respeito da necessidade urgente de instalar de medidas adequadas de vigilância de medicamentos para crianças.

Segundo Dr Howard Zucker, Diretor Geral Assistente em Tecnologia de Saúde e Farmacêutica da OMS, pouco ainda se sabe sobre como reage o organismo de uma criança aos medicamentos em geral. Isso decorre do fato de que os efeitos colaterais normalmente são bem compreendidos entre os adultos, visto que os medicamentos são em geral testados somente nesta faixa etária.

Mas em relação às crianças, essas situações adversas envolvem muitos outros aspectos, como por exemplo, o uso de doses e métodos de administração inadequados, o que ocasiona danos potenciais que são três vezes mais freqüentes na infância que nos adultos. Um exemplo desse desconhecimento do problema, foi a morte de 4 crianças, com menos de 3 anos, no início deste ano, após terem se asfixiado tentando engolir comprimidos de albendazol, durante uma campanha contra parasitoses infantis na Etiópia.

O mais agravante da situação é que os efeitos adversos, em pediatria, são realmente relatados em menos de 10% dos casos, visto que, principalmente em países pouco desenvolvidos, não existem estratégias seguras de vigilância farmacêutica e sanitária. Um outro fato contribuinte para essa situação é a falta de manifestações precisas dos efeitos colaterais na infância, especialmente naqueles pacientes mais jovens e recém-nascidos. Esse conhecimento é essencial para que haja uma melhora no tratamento da saúde infantil.

A estratégia de promoção de segurança de medicamentos para crianças, feita pela OMS, apresenta uma série de recomendações para que essas medidas sejam instaladas, em todos os países. Uma dessas orientações é o emprego de sistemas de vigilância e o apoio ao desenvolvimento de pesquisas, voltadas para o desenvolvimento de técnicas mais apropriadas de produção de medicamentos infantis.

Fonte: World Health Organization – Geneva

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