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Açúcar: qual a sua importância na saciedade?

26 de julho de 2007 (Bibliomed). Os alimentos que contém açúcar são considerados como de alto poder calórico. A quantidade incorporada em cada refeição é de importante significado, principalmente para aqueles que constantemente se encontram de dieta ou que necessitam evitar determinados alimentos, devido a uma condição de saúde, por exemplo, o diabetes.

Um grupo de pesquisadores americanos, da Universidade de Washington, procurou avaliar se haveria alguma diferença quanto à saciedade entre os alimentos adoçados com frutose, encontrada principalmente nas frutas, e outros feitos com açúcares de plantas como a cana e a beterraba (sacarose). Essa questão foi levantada devido ao fato de que as altas taxas de obesidade se relacionarem com a ingestão de bebidas contendo xarope de milho, com grandes quantidades de frutose, fazendo supor que esse açúcar talvez provocasse pouca saciedade. Interessado pelo tema, a revista American Journal of Clinical Nutrition publicou os resultados em julho deste ano.

Para avaliar a diferença entre o efeito de bebidas contendo quantidades diferentes de frutose e outras, contendo sacarose em proporções distintas, os pesquisadores selecionaram 37 voluntários, entre homens e mulheres, com idade de 20 a 29 anos. Fome, saciedade e sede foram avaliadas no início, 2 horas após o café da manhã, e 20 minutos após cada bebida.

Os autores não observaram diferenças significativas, entre as bebidas contendo quantidades variáveis de sacarose e frutose, sobre a fome e a saciedade. Aquelas que continham uma quantidade relativa de calorias, em parte suprimiram a vontade de se alimentar na hora do almoço. Contudo, aquelas consideradas como dietéticas ou sem xarope, não provocaram esse efeito. Porém, essas diferenças foram praticamente insignificantes.

Os resultados demonstraram, que não existem evidências entre bebidas adocicadas com frutose ou com sacarose, com relação à saciedade e a fome. A relação entre alimentos e a obesidade, portanto, deve ser pesquisada com outros parâmetros, como por exemplo, o mau hábito alimentar e o sedentarismo.

Fonte: American Journal of Clinical Nutrition; 86(1): 116 – 123 (July 2007)