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Jejum protege o coração, diz estudo

22 de novembro de 2005 (Bibliomed). O jejum intermitente (JI) - um regime dietético onde o alimento fica disponível em dias alternados - aumenta a longevidade e reduz a incidência de doenças associadas à idade em animais de laboratório (camundongos), relata artigo publicado na última edição da revista Circulation.

Efeitos de proteção das células do cérebro pelo JI em situações de acidentes vasculares cerebrais (derrames cerebrais) já haviam sido relatados em pesquisas anteriores sobre o mesmo tema.

No estudo em questão, foram examinamos os efeitos do JI em processos isquêmicos no coração de ratos. Pesquisadores do National Institutes of Health, de Baltimore, Estados Unidos, realizaram técnicas de jejum intermitente em camundongos de laboratório durante três meses. Após este período, foi causado experimentalmente um quadro de infarto do miocárdio (ataque cardíaco) tanto nos animais submetidos ao JI, como em outros animais que se alimentavam diariamente.

Os resultados observados vinte e quatro horas depois mostraram que nos camundongos do grupo do JI a área de necrose no coração era metade da área encontrada nos camundongos que haviam se alimentado todos os dias.

Os pesquisadores especularam que esta redução na área do infarto era causada pela dieta, que protegeria o coração de lesões isquêmicas e atenuaria a remodelação pós-infarto do miocárdio, provavelmente através de mecanismos anti-inflamatórios.

Fonte: Circulation. 2005;112:3115-3121.

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