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Início da vida sexual ocorre cada vez mais cedo

Belo Horizonte, 03 de Agosto de 2001 (Bibliomed). A exploração de temas ligados ao sexo na televisão, nas músicas e publicações está aguçando a curiosidade e o desejo das crianças brasileiras.

O público infantil começa por imitar as roupas e o jeito dos ídolos e termina iniciando a vida sexual cada vez mais precocemente. A avaliação é da psicóloga Kívia Fernandes, especialista em terapia familiar.

Estatísticas do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) comprovam essa iniciação sexual cada vez mais cedo. Somente nos primeiros sete meses deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) já realizou mais de 32 mil partos entre adolescentes de dez a 14 anos.

A mudança – de uma sociedade conservadora para outra, aberta aos temas ligados à sexualidade – não foi suficiente, no entanto, para garantir o diálogo sobre o assunto dentro de casa. A psicóloga orienta que os pais não devem fazer julgamentos e nem criar conceitos pré-estabelecidos na hora de conversar com as crianças.

Questões ligadas à sexualidade não têm trazido transtornos apenas no Brasil. Uma pesquisa concluída recentemente na Grã-Bretanha revelou que alguns adolescentes utilizam métodos nada convencionais para evitar a gravidez.

O estudo, publicado na revista médica Doctor e comentado pelo jornal Daily Telegraph, mostrou que os jovens britânicos fecham os olhos ou tomam leite durante o ato sexual, acreditando que isso é suficiente para a contracepção.

Ações ainda mais inusitadas, como sentar no catálogo telefônico ou saltitar após o ato sexual, também são empregadas.

A pesquisa foi feita por questionários, enviados a mais de 2 mil médicos que consultaram suas pacientes sobre os “remédios caseiros” adotados contra a gravidez.

O desconhecimento tem resultados práticos nas estatísticas, que apontam os índices de gravidez na adolescência na Grã-Bretanha mais elevados do que os dos demais países da Europa Ocidental.

Uma das constatações é de que algumas jovens se sentem envergonhadas em procurar um médico em busca de métodos contraceptivos.

Em 1999, nasceram cerca de 100 mil bebês britânicos, filhos de mães com menos de 20 anos. Desse total, 8 mil mães eram menores de 16 anos e cerca de 2 mil tinham menos de 14 anos.

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