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Conhecer Riscos de Câncer Influencia Decisão Sobre Mastectomia

16 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Para mulheres com alto risco genético de câncer de mama, optar pela cirurgia preventiva para remoção das mamas pode aliviar os altos níveis de ansiedade sem danificar a imagem do corpo, informaram pesquisadores britânicos.

Estes resultados positivos poderiam estar ligados ao fato de que as mulheres que optam pela cirurgia radical seriam propensas a superestimar o risco de desenvolver câncer de mama, sugeriram os médicos.

"Se as mulheres tomam decisões baseadas em uma compreensão pouco precisa, podem se arrepender mais tarde", avaliou a equipe de Mal Bebbington Hatcher, da Royal Free and University College Medical School, em Londres. "Mesmo que nosso estudo não tenha encontrado evidência em um período de até 18 meses após a cirurgia, mais pesquisas são necessárias para incluir um tempo de acompanhamento mais longo", observou a equipe.

Os pesquisadores estudaram 143 mulheres com alto risco de câncer de mama que receberam a indicação para a cirurgia conhecida como mastectomia profilática. Do grupo, 79 mulheres optaram por se submeter ao procedimento.

No início do estudo, muitas mulheres relataram altos níveis de ansiedade e outros problemas psicológicos. Depois da cirurgia, estes problemas melhoram bastante.

Entrevistas com as mulheres revelaram um fator que poderia ter afetado tanto a decisão de fazer a cirurgia quanto a redução da ansiedade. Os pesquisadores verificaram que 32 por cento das mulheres que optaram pela cirurgia pensavam que era inevitável que tivessem câncer de mama. Em comparação, 10 por cento das 64 mulheres que recusaram a cirurgia achavam que teriam câncer.

Conforme o National Cancer Institute, as mulheres que apresentam uma mutação em um dos genes para câncer de mama, conhecidos como BRCA1 e BRCA2, têm um risco entre 50 e 85 por cento de ter a doença, enquanto o risco para mulheres em geral é de cerca de 12 por cento.

Geralmente, a mastectomia preventiva é considerada como um fator de redução de 90 por cento do risco individual da mulher ter câncer de mama, mas não elimina o risco.

A equipe concluiu que um especialista em genética deveria garantir que as mulheres que pensam em se submeter a uma mastectomia preventiva baseassem sua decisão em uma compreensão precisa sobre seu risco de ter câncer de mama.

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