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Creatina é Usada Por Muitos Adolescentes de Escolas dos EUA

22 de Dezembro de 2000 (Bibliomed). Muitos atletas do ensino médio nos Estados Unidos podem estar usando a creatina, suplemento comercializado com a promessa de aumentar a força, sem ter idéia das doses que consomem, sugere um novo estudo.

Diversas pesquisas demonstram que o uso de creatina a curto prazo é largamente seguro em adultos, mas não se sabe ainda se seus possíveis efeitos colaterais -- como cólicas, desidratação e náusea -- podem ser mais graves em adolescentes.

Apesar dessa incerteza, os cientistas da Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota, descobriram que mais de 8 por cento dos atletas do ensino médio da região usavam creatina. Os atletas de até 14 anos relataram usar o suplemento.

As descobertas de Jay Smith e Diane L. Dahm estão publicadas na edição de dezembro da Mayo Clinic Proceedings.

Os pesquisadores entrevistaram 328 atletas de cinco escolas do ensino médio e descobriram que cerca de 8 por cento usavam creatina, sendo que a maioria era jogadores de futebol norte-americano.

A maioria também desconhecia a quantidade de creatina que estavam tomando ou consumiam além da dose recomendada de 6 a 10 miligramas por dia.

Aqueles que apresentaram efeitos colaterais (20 por cento), sentiram cólicas, diarréia ou perda de apetite.

Encontrados em lojas de produtos naturais e farmácias, os suplementos de creatina imitam a creatina produzida pelo organismo naturalmente para infundir células musculares com energia. Os defensores da creatina afirmam que ela aumenta a força e algumas pesquisas médicas dão suporte a essa teoria.

Mas o suplemento possui efeitos colaterais. E não se sabe ainda se a creatina pode desencadear insuficiência renal em adolescentes. Por ser classificada como um suplemento alimentar, ela não está sujeita à regulação de drogas.

Durante o estudo, não foram relatados efeitos colaterais graves, mas Smith e Dahm recomendam que estudos de larga escala avaliem o uso de creatina por adolescentes.

"Essencialmente, não existem dados de segurança na literatura em relação ao uso de creatina em atletas mais jovens (14 a 18 anos) e um estudo formal é necessário", concluíram os cientistas.

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