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27 de agosto de 2025 (Bibliomed). Um estudo recente trouxe novas esperanças no combate ao Alzheimer. Pesquisadores investigaram os efeitos da suplementação com creatina monohidratada (CrM) em pacientes com a doença e os primeiros resultados foram animadores. Publicada na revista Alzheimer's & Dementia: Translational Research & Clinical Interventions, a pesquisa mostrou que o uso diário de 20g de CrM durante oito semanas foi bem tolerado e associado a melhoras cognitivas mensuráveis.
O estudo contou com 20 participantes diagnosticados com Alzheimer. Destes, 19 apresentaram alta adesão ao protocolo (mais de 80% de cumprimento da suplementação). Os níveis de creatina no sangue aumentaram significativamente após 4 e 8 semanas, e exames mostraram um aumento de 11% nos níveis de creatina total no cérebro.
Além das alterações biológicas, os testes cognitivos revelaram melhora no desempenho dos pacientes. Os participantes obtiveram resultados superiores em avaliações de memória, leitura, raciocínio e atenção, como o Mini Exame do Estado Mental (MMSE) e testes do NIH Toolbox, incluindo List Sorting e Oral Reading.
Embora os autores alertem que se trata de um estudo preliminar e de pequeno porte, os achados reforçam o potencial da creatina como terapia complementar no Alzheimer. O próximo passo será conduzir estudos maiores para confirmar os benefícios e entender os mecanismos envolvidos.
A creatina já é amplamente usada como suplemento alimentar, especialmente por atletas, mas seu uso no campo das neurociências pode abrir novas possibilidades para o tratamento da demência.
Fonte: Alzheimer's & Dementia: Translational Research & Clinical Interventions. DOI: 10.1002/trc2.70101.
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