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Taxa para Estocagem Pode Evitar 'Abandono' de Embriões

NOVA YORK (Reuters Health) - A cobrança de uma taxa para manter embriões congelados pode ajudar a evitar que os não usados sejam "abandonados" pelos casais que fazem tratamento de fertilidade. A conclusão é de um estudo realizado em centro de fertilidade no Texas.

Geralmente quando o casal tem dificuldades para ter um filho, a mulher recebe drogas para estimular a ovulação.

Os óvulos resultantes são coletados e fertilizados com esperma, mas apenas os embriões mais promissores são implantados no útero. Os demais óvulos fertilizados são preservados em nitrogênio líquido e raramente são usados.

A preocupação com esses embriões abandonados motivou pesquisadores do Texas a desenvolver um sistema para manter contato regular com os pais e cobrar pela sua preservação.

O trabalho foi publicado na edição de outubro da revista Fertility and Sterility.

Entre 1992 e 1997, os pedidos para descartar os embriões congelados estavam entre 0 e 5 por cento, apesar de um programa "de correspondência agressiva", segundo equipe de Robert G. Brzyski, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, em San Antonio.

Durante esse período, a clínica não cobrou nada para armazenar os embriões congelados.

Em 1998, a clínica decidiu cobrar uma taxa semestral de 100 dólares para cobrir o custo da preservação do embrião. A medida provocou um aumento de 18 por cento nos pedidos de descarte de embriões.

"Acreditamos que a cobrança da taxa de estocagem, embora relativamente pequena em comparação a outros custos da reprodução assistida, representou uma motivação significativa para os pais decidirem pelo descarte", informaram os pesquisadores.

Carl A.Eddy, um dos autores do estudo, informou à Reuters Health que atualmente o número de embriões não utilizados e mantidos em estoque nos Estados Unidos está estimado em 100 mil. "Ninguém vai destruir embriões não usados sem o consentimento dos pais e o governo está longe de se envolver em qualquer tipo de orientação regulamentar", declarou Eddy.

Sinopse preparada por Reuters Health

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