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Cirurgiões Australianos Separam Gêmeas Siamesas de 6 Meses

Por Diana Taylor

BRISBANE (Reuters) - Cirurgiões australianos realizaram com sucesso uma operação rara para separar gêmeas siamesas que estavam unidas pela parte posterior da cabeça, informaram representantes dos serviços de saúde na quarta-feira.

O Departamento de Saúde do Estado de Queensland divulgou uma nota oficial informando que os bebês foram separados terça-feira no Royal Children's Hospital, in Brisbane.

"As duas estão em estado crítico, mas estáveis", informou a declaração.

A mãe das gêmeas, Paquita Armstrong, e o pai, Shane Conyard, teriam assinado um contrato de exclusividade com uma televisão e uma revista e teriam instruído o hospital a não comentar a operação, considerada a primeira no mundo.

Mesmo assim, o porta-voz do hospital deve fornecer mais informações na quinta-feira.

A imprensa local informou que uma equipe de 20 pessoas planejou um operação de 23 horas para separar as gêmeas. O jornal Courier-Mail informou que as meninas nasceram sete semanas antes do tempo normal para o término da gravidez, em 3 de abril, em Brisbane.

Segundo o jornal, as gêmeas estavam unidas de cabeça para baixo pela parte posterior da cabeça por um pequeno pedaço de osso, compartilhavam a maior parte dos vasos sanguíneos, mas tinham cérebros separados.

Os especialistas passaram os últimos seis meses reforçando o sistema imune da gêmeas e o volume sanguíneo para enfrentar a operação. Os cirurgiões teriam estimado que há 70 por cento de chance de uma das gêmeas não sobreviver à operação.

Conforme o jornal, em todo o mundo houve apenas 40 tentativas de separar gêmeas siamesas unidas pela cabeça, sendo que pelo menos uma das crianças morreu em 30 casos.

Sinopse preparada por Reuters Health

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