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Médicos de Cingapura Vão Operar Siamesas Unidas pela Cabeça

CINGAPURA (Reuters) - Cirurgiões de Cingapura esperam conseguir separar gêmeas siamesas do Nepal unidas pela cabeça, mas têm consciência de que a operação será extremamente arriscada.

"Não existe muita coisa na literatura médica que nos diga o que podemos prever", disse o neurocirurgião Keith Goh em coletiva de imprensa concedida na sexta-feira no Hospital Geral de Cingapura. "Houve muito poucos casos reportados de separação bem-sucedida."

As gêmeas Ganga e Jamuna Shrestha, de 6 meses, estão de costas uma para a outra e possuem dois cérebros dentro de um único crânio.

Segundo Goh, elas são saudáveis, mas a separação é essencial para sua sobrevivência.

Os médicos prevêem fazer a cirurgia nos próximos três meses, quando as gêmeas tiverem produzido pele suficiente para cobrir seus couros cabeludos. O crescimento extra está sendo encorajado com uma bolsa inflável de silicone inserida debaixo da pele.

As duas meninas manifestam personalidades distintas. Elas mamam e dormem em horários diferentes. Ganga, que tem fenda palatina, vive constantemente com fome.

Apenas um em cada 2 milhões de partos é de gêmeos siameses unidos pela cabeça.

As gêmeas chegaram em Cingapura com seus pais e avô em 11 de outubro. A família, que é pobre, está hospedada com membros da comunidade gurkha de Cingapura.

Os médicos estão trabalhando gratuitamente na fase pré-operatória, mas a família terá que pagar pela cirurgia, fato que levou o cônsul geral honorário do Nepal em Cingapura, M.N. Swami, a lançar um apelo urgente por ajuda financeira.

Na Grã-Bretanha, médicos separaram esta semana siamesas de 3 meses nascidas em Malta, numa cirurgia polêmica que matou uma delas para possibilitar a sobrevivência da outra.

Sinopse preparada por Reuters Health

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