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Dormir ou Não Dormir, Eis a Questão

Duas pesquisas alertam para o risco da tradicional siesta.

Aquela soneca depois do almoço – conhecida como siesta nos países latinos – é uma delícia, certo? Pesquisadores acham que não. Duas pesquisas independentes mostram os perigos que a siesta pode trazer ao coração. Na Costa Rica, cerca de mil pessoas foram analisadas, e aquelas que faziam a siesta diariamente têm uma possibilidade 50% maior de ter um ataque do coração. As pessoas que tiravam menos de quatro sonecas por semana não tiveram aumento no risco de ataques do coração.

“O ataque do coração se tornou a principal causa de morte de muitos países em desenvolvimento. Queremos analisar a siesta porque ela é um comportamento comum em países tropicais”, disse a autora do estudo Hannia Campos, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard.

Outra pesquisa, esta realizada pelo cintista israelense Dr. Michael Bursztyn, chegou a conclusões semelhantes. O Dr. Bursztyn estudou o efeito da siesta em centenas de idosos por um período superior a 6 anos. Cerca de 60% desses idosos tinham o hábito da "siesta", o qual era mais comum entre os homens. O pesquisador concluiu que a "siesta" era um fator independente para mortalidade de origem cardiovascular em indivíduos idosos, inclusive excluídos outros possíveis fatores de risco.

Estudos anteriores já haviam mostrado que o risco de ataque cardíaco é maior durante a manhã, logo que as pessoas acordam. Os médicos suspeitam que isso seja decorrente da liberação de um neurotransmissor que “dá a partida” no corpo, aumentando as batidas do coração, forçando as contrações e aumentando a pressão sanguínea.

Como dormir e acordar é algo que não pode ser evitado, os pesquisadores dão algumas sugestões de como fazer isso sem agredir tanto o corpo. Uma das idéias é levantar com calma, sem estar atrasado, de preferência ouvindo uma música relaxante.

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