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Quase 20% dos adultos nos EUA usam remédios para dormir

06 de julho de 2023 (Bibliomed). Um estudo do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde (NCHS) dos S. Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos mostrou que quase um em cada cinco adultos no país usa algum medicamento para dormir.

Usando dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2020, os pesquisadores descobriram que, entre os adultos com 18 anos ou mais, 8,4% usavam medicamentos para ajudá-los a adormecer ou permanecer dormindo na maioria das noites ou todas as noites. Outros 10% afirmaram ter feito uso de medicamentos em algumas noites.

As mulheres eram mais propensas do que os homens a tomar remédios para dormir e a porcentagem geralmente aumentava com o aumento da idade.

Especificamente, 10% das mulheres usaram medicação para dormir, em comparação com 6,6% dos homens. Os adultos brancos eram mais propensos a usar medicamentos para dormir, e os adultos asiáticos eram menos propensos a fazê-lo. Além disso, a porcentagem de homens que usavam medicamentos para dormir caiu à medida que a renda familiar aumentava.

Segundo os pesquisadores, os medicamentos para dormir além de usados em excesso, são ingeridos de forma incorreta. Eles explicam que medicamentos como temazepam, triazolam, zaleplon, eszopiclona e zolpidem foram projetados para serem usados a curto prazo, não como muleta a longo prazo. O mesmo é verdade para soníferos vendidos sem receita, muitos dos quais contêm o anti-histamínico difenidramina.

O principal problema, segundo os autores, é que as pessoas que usam esses medicamentos habitualmente passam a depender deles, pois começam a acreditar que é a medicação que os faz dormir. Além disso, esses medicamentos podem ter efeitos colaterais, como sonolência diurna e lentidão de pensamento, além do risco de interação com outros medicamentos.

Os autores recomendam que pessoas com dificuldade para dormir busquem ajuda médica e tentem alternativas antes de aderir ao uso de medicamentos, como chás, terapia cognitivo-comportamental, prática de atividades físicas, meditação e a construção de uma rotina de higiene do sono. Eles recomendam que se tenha uma hora certa para ir para a cama, manter o quarto escuro, e não ter distrações como smartphones, tablets, TVs ou outros aparelhos eletrônicos no quarto.

Fonte: National Center for Health Statistics. 2023. DOI: 10.15620/cdc:123013.

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