Artigos de saúde

Câncer de Ovário

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo

- Introdução
- Sintomas e diagnóstico
- Tratamento e Prevenção
- Referências Bibliográfica

Introdução

Os ovários são duas glândulas responsáveis pela produção dos hormônios sexuais das mulheres: a progesterona e o estrogênio. É sua função, também, produzir e armazenar os óvulos.

Apesar de pouco frequente, o câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o que tem os menores índices de chance de cura. Geralmente, cerca de 75% dos casos já se encontram em estágio avançado quando diagnosticados, o que dificulta o tratamento.

A maioria dos tumores no ovário são carcinomas epiteliais, ou seja, são cânceres que se iniciam nas células da superfície do órgão. Contudo, o mais comum é o tumor maligno de células germinativas, que dão origem aos espermatozoides e aos ovócitos (chamados erroneamente de óvulos).

Os tumores no ovário podem ser causados por fatores genéticos, hormonais e ambientais. Histórico familiar da doença é um fator de risco isolado importante a ser considerado, já que determina cerca de 10% dos casos. Outro fator genético que pode aumentar as chances de a mulher desenvolver câncer de ovário é a presença dos genes BRCA1 e BRCA2, que também estão relacionados ao surgimento de tumores na mama. As mulheres que são portadoras do primeiro gene têm até 45% mais chances de desenvolver tumores no ovário, e as portadoras do segundo gene têm 25% de chance.

Existe uma relação entre o câncer de ovário e a atividade hormonal feminina, assim, mulheres que nunca engravidaram e amamentaram, entraram na menopausa tardiamente, tiveram câncer de mama, ou aquelas que têm parentes em primeiro grau que tiveram tumores ovarianos, são classificadas como pertencentes ao grupo de risco.

Apesar de poder acometer mulheres em qualquer idade, o câncer de ovário é mais comum a partir dos 40 anos.

Sintomas e diagnóstico

O câncer de ovário pode ser assintomático ou não causar sintomas específicos na sua fase inicial, o que dificulta sua descoberta precoce. À medida que o tumor cresce, os sintomas mais comuns são pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas, além de náuseas, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante. Apesar de menos comum, a mulher pode apresentar vontade frequente de urinar e sangramento vaginal.

Quando a mulher apresentar algum sintoma suspeito, o médico poderá pedir um exame de sangue específico, no qual é medido o marcador tumoral sanguíneo CA125 (80% das mulheres com câncer no ovário apresentam índices elevados de CA125), e uma ultrassonografia transvaginal.

Com os resultados destes testes poderá ser indicada uma laparoscopia exploratória, seguida de uma biópsia do tecido ovariano e tumoral. Esse exame é importante porque permite observar se alguma outra região ou órgão próximo está comprometido.

Exames complementares, como raios-X torácico, tomografia computadorizada, avaliação da função renal e hepática, além de exames hematológicos, podem auxiliar no diagnóstico dos casos avançados.

Tratamento e Prevenção

Existem diversas modalidades terapêuticas que podem ser utilizadas como tratamento do câncer de ovário. Entre essas estão a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. A escolha do método depende do tipo histológico do tumor, do estadiamento (classificação do estágio em que o câncer se encontra), da idade e das condições clinicas da paciente e de se o tumor é inicial ou recorrente.

Em casos de cânceres em estágios iniciais, a retirada do ovário afetado pode eliminar a doença. Contudo, em alguns casos, é necessário retirar-se, também, os demais órgãos do sistema reprodutor. Em estágios avançados da doença, é possível aumentar a taxa de sobrevivência com a remoção agressiva de todos os tumores visíveis.

Todas as pacientes com câncer de ovário, com exceção daquelas com tumores de baixo grau em estágio inicial, devem ser submetidas à quimioterapia após a cirurgia.

Como a maior parte dos casos de câncer de ovário tem origem genética, não há muito que se fazer para preveni-lo. Contudo, algumas seguir recomendações pode evitar que a doença seja descoberta em estágio avançado. Entre elas estão:

  • Consultar o ginecologista regularmente, especialmente aquelas mulheres que fazem reposição hormonal.
  • Controlar o peso e evitar alimentos gordurosos.
  • Fazer exames clínicos e ultrassonografias com mais frequência no caso de histórico familiar de cânceres de mama e/ou ovário.

Referências Bibliográfica

- Universidade de São Paulo
- Universidade Federal de Minas Gerais
- Bibliomed
- Boa Saúde
- INCA – Instituto Nacional de Câncer
- American Cancer Society
- Gynecologic Cancer Foundation
- American Society of Gynecology Oncology

Copyright © Bibliomed, Inc.      Publicado em 16 de novembro de 2012, revisado em 26 de novembro de 2013.