Artigos de saúde
Sabe-se que a exposição ao fumo, seja direta ou indiretamente, é prejudicial aos bebês e crianças
menores.
Para avaliar a real influência do cigarro em bebês amamentados, médicos canadenses
avaliaram cerca de 500 bebês que estavam sendo amamentados e que possuíam um risco
aumentado de desenvolverem asma e alergias, baseado em uma história familiar altamente
positiva para estas patologias.
Estes bebês foram separados em grupos não expostos e
expostos ao cigarro, seja diretamente, pois suas mães fumavam, seja indiretamente, pois
havia alguém no domicílio que era fumante. Para avaliar a absorção do fumo e sua
transmissão pelo leite materno, realizou-se a dosagem urinária da cotinina (um dos
derivados da nicotina, metabolizada rapidamente pelos rins; tem efeitos estimulantes).
Como resultado, observou-se que os níveis urinários da cotinina foram 5 vezes maiores em
crianças amamentadas cujas mães fumavam do que naquelas cujas mães fumavam mas não
amamentavam os seus bebes.
Dados de outros trabalhos sugeriam que a exposição ao fumo durante a gravidez e logo após o parto podem levar a um risco aumentado do vício de fumar; outros dados informam ainda que exite relação entre a elevação dos níveis de cotinina urinária e doenças
pulmonares.
Baseando-se nos dados obtidos, e nos estudos anteriores, os autores do trabalho recomendam
que as mães evitem o cigarro, seja direta como indiretamente, durante a gravidez e
durante o período de amamentação.
Fonte: Arch Pediatr Adolesc Med. 1999;153:689-691
Copyright © 2000 eHealth Latin America
Veja também