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SÃO PAULO (Reuters) - A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo vai vacinar contra rubéola mais de 30.000 estudantes do curso noturno de três universidades. A vacinação, que começa na terça-feira, vai durar três dias.
De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, nos últimos 30 dias, foi identificado um surto de rubéola entre alunos de cursos noturnos das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Universidade Paulista (Unip).
Desde o início do ano, foram registrados 228 casos de rubéola em São Paulo, segundo a assessoria da secretaria.
Cerca de 70 profissionais de saúde vão participar na terça-feira da vacinação dos estudantes da Unip, na unidade Vergueiro. Na quarta-feira é a vez dos alunos da FMU, na unidade Liberdade, e, na quinta-feira, serão vacinados os estudantes do Mackenzie.
A vacinação também será contra sarampo, como parte do compromisso do Ministério da Saúde de erradicar a doença no país.
Segundo a médica Marta Heloísa Lopes, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a rubéola não produz sintomas em 40 por cento dos casos. "A pessoa pode estar com a doença e não saber", disse a infectologista.
"Nos 60 por cento restantes, a rubéola causa um vermelhão pelo corpo e aumento dos gânglios, principalmente atrás da orelha e do pescoço", acrescentou Marta Lopes. Em alguns casos, a doença pode provocar febre e dor nas articulações.
A doença, transmitida por via respiratória, costuma atingir crianças grandes e adolescentes, além de adultos jovens. "Ela é benigna e passa dentro de três dias", afirmou a médica.
A rubéola apresenta riscos quando é adquirida por mulheres no início da gravidez. "Como o vírus da rubéola interfere no desenvolvimento do embrião, ele pode causar malformações cardíacas, oculares e do sistema nervoso central", explicou Lopes.
Lopes disse que, habitualmente, no Brasil a vacina contra a rubéola é fornecida em uma dose aos 15 meses. No entanto, recomendações internacionais indicam o reforço entre os 6 e 12 anos. "Como no Brasil ela só foi adotada como rotina nos anos 90, a maioria dos adultos não está protegida contra rubéola", acrescentou a infectologista.
Sinopse preparada por Reuters Health
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