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23 de Junho de 2003 (Bibliomed). Os adultos, mesmo aqueles que foram vacinados na infância, devem reforçar a imunização. O alerta é da coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Maria de Lourdes Sousa Maia. A médica explica que a vacina contra a febre amarela e a DT (contra a difteria e o tétano) deve ser tomada a cada dez anos. Em caso de gravidez ou acidente com lesões graves, a DT deve ser tomada no período de cinco anos. No caso das mulheres, aquelas que não receberam a dupla viral (contra o sarampo, a rubéola e a rubéola congênita) devem fazê-lo até os 49 anos. Quem já passou dos 60 anos precisa ser anualmente vacinado contra a gripe. Os que vivem em hospitais e asilos, também devem ser imunizados contra as pneumonias a cada cinco anos.
A médica conta que é comum associar o ato de ser imunizado exclusivamente a crianças, mas que está na hora de rever esse conceito. A relação imediata entre infância e vacinação aconteceu em função das campanhas maciças de imunização infantil. Na época em que o PNI foi criado, há 30 anos, as crianças com menos de 1 ano foram priorizadas porque eram mais suscetíveis a contrair doenças. Na década de 80, o público-alvo foi alargado e passou a incluir os menores de 5 anos, no esforço para erradicação da pólio. Em 1999, o Ministério da Saúde começou a vacinar os maiores de 60 anos contra a gripe. Em 2000, foi vez das mulheres serem imunizadas contra a rubéola. Hoje o PNI tem um calendário para crianças, adolescentes e adultos.
De acordo com Maria de Lourdes, o principal benefício é reduzir a morbidade e mortalidade causada por enfermidades que podem ser derrotadas por meio de vacinas. “Vacinando, que é uma forma eficiente de prevenção, vamos conseguir melhorar a qualidade de vida, não apenas das crianças, mas também dos adultos”, explica a médica, lembrando que nas áreas interioranas e ribeirinhas do país a realidade é um pouco diferente. “Nesses locais a população está mais acostumada a tomar vacinas, ato que atinge famílias inteiras. Nas cidades, porém, esse hábito é pouco difundido, e menos ainda entre os adultos”, disse.
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