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Mulheres acreditam que dores vaginais sejam normais e não buscam tratamento

21 de setembro de 2011 (Bibliomed).  A vulvodinia – dor crônica que atinge a abertura da vagina – é uma condição comum, mas que raramente recebe tratamento. Apesar do desconforto provocado pela doença, a maioria das mulheres acredita que a dor seja normal, desconsiderando a busca por um tratamento.

A vulvodinia pode ser espontânea ou causada por diversas atividades, como o uso de absorventes internos e a relação sexual. As dores podem causar complicações na vida da mulher, como provocar dor durante o sexo e fazer com que se sentar durante longos períodos de tempo seja difícil. As dores causadas por essa condição variam de acordo com cada caso, mas de uma forma geral elas envolvem sensações de queimação, irritação e dores agudas. A causa da vulvodinia não é conhecida.

“Muitas mulheres pensam que essa é simplesmente a forma como elas funcionam, e que isso é esperado e que nada pode ser feito”, afirma a Dra. Barbara Reed, que desenvolveu um estudo sobre o tema na Escola de Medicina da Universidade de Michigan (EUA).

Para o estudo, 2.269 mulheres foram entrevistadas, sendo que 200 delas foram diagnosticadas com vulvodinia. Dentre elas, apenas 2% haviam recebido o diagnóstico fora do estudo. Das mulheres que buscaram tratamento para as suas dores, um quarto delas recebeu diagnósticos equivocados que apontavam infecções ou deficiência de estrogênio, condições que causam dor vaginal.

Para Reed, com um tratamento corretamente aplicado as dores podem melhorar consideravelmente, mas médicos devem estar atentos aos resultados obtidos com o diagnóstico e medicamentos indicados para essas mulheres. “Se elas não melhoram quando você trata esses diagnósticos, você tem que suspeitar de que alguma outra coisa esteja acontecendo”, alerta a pesquisadora.

O próximo passo para os pesquisadores é estudar os fatores associados ao desenvolvimento da vulvodinia e a resolução dos sintomas.

Fonte: Live Science 19 de setembro de 2011

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