Notícias de saúde

Poucas mulheres buscam ajuda para seus problemas sexuais após tratamento de câncer

16 de fevereiro de 2011 (Bibliomed). Grande número de mulheres que se submeteram a tratamentos de combate ao câncer de mama e ginecológico quer ajuda para solucionar seus problemas sexuais. Contudo, pesquisa da University of Chicago Medical Center, nos Estados Unidos, mostra que poucas são as que buscam essa ajuda.

"Algumas mulheres têm a coragem de levantar preocupações sexuais com o médico, apesar de repetidos estudos mostrarem que elas preferem que o médico inicie a discussão", diz Stacy Tessler Lindau, professora associada de obstetrícia e ginecologia na Universidade e uma das autoras do estudo.

Os principais problemas sexuais apresentados por mulheres que trataram câncer ginecológico e de mama são secura, dor, perda de desejo, dificuldade de excitação e orgasmo. O grande causador desses sintomas é a nova aparência devido ao tratamento. Muitas sobreviventes do câncer lutam com preocupações com a imagem corporal, e não se sentem atraentes ou femininas após o esse período.

"Qualquer coisa que afete os órgãos sexuais femininos terá repercussões na imagem do corpo e sobre a vida sexual da mulher", diz Emily Hill, também autora do estudo. Dados mostram que as mulheres não costumam conversar sobre esses problemas com o cônjuge.

"Muitos dos tratamentos, incluindo terapia hormonal e quimioterapia, têm efeitos sobre a saúde sexual", afirma Hill. A sexualidade feminina é afetada tanto pelos problemas físicos quanto pelos psicológicos. Por isso, é necessário que os médicos cuidem das pacientes sabendo que elas têm essa preocupação. “Os problemas físicos associados ao tratamento do câncer podem prejudicar relacionamentos, causar preocupação e estresse, além de poder fazer com que as mulheres se isolem. Muitas sentem vergonha ou culpa", afirma Lindau.

Participaram do estudo 261 mulheres, entre 21 e 88 anos, sendo que apenas 7% dessas tinham procurado ajuda médica para tratar seus problemas sexuais após o tratamento e 42% tinham interesse em buscar essa ajuda. A maior preocupação com a vida sexual partiu das mulheres mais jovens, mas 22% das mulheres com mais de 65 anos relataram querer ajuda para resolver esses problemas.

Fonte: Revista Cancer, 23 de dezembro de 2010

Copyright © 2011 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários