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Estudo liga obesidade na gestação a maior risco de defeitos congênitos

25 de fevereiro de 2009 (Bibliomed). A obesidade durante a gravidez pode aumentar o risco de problemas com o bebê, incluindo anormalidades cardíacas e no sistema nervoso, segundo revisão de estudos realizada por especialistas da Universidade de Newcastle, na Inglaterra.

Há significativas implicações negativas da obesidade pré-gravidez tanto para a mãe quanto para o bebê. E, de acordo com os pesquisadores, há evidências de que a obesidade da gestante pode estar associada ao desenvolvimento de algumas anormalidades congênitas (presentes no nascimento), que são a principal causa de morte em bebês antes de nascer e recém-nascidos, e importantes contribuintes para o nascimento prematuro e doenças na infância.

Avaliando 57 artigos sobre a relação entre obesidade da gestante e problemas congênitos nos recém-nascidos, os pesquisadores concluíram que aquelas que eram obesas no início da gestação tinham o dobro das chances de a gravidez ser afetada por defeito no tubo neural e mais do que o dobro de chances de ter um bebê com espinha bífida – malformações no sistema nervoso.

Os riscos seriam maiores também para anormalidade cardiovascular, fissuras no palato e no lábio, anormalidades no ânus e reto (atresia anorretal), hidrocefalia (acúmulo de liquido no interior do crânio), e redução anormal dos membros. Enquanto o risco de defeitos na parede abdominal seria reduzido.

“Uma estimado de 3% de todos os nascidos vivos nos Estados Unidos são afetados por anormalidades estruturais, com 0,68 por mil nascimentos sendo afetados por defeito do tubo neural, e 2,25 por mil nascimentos sendo afetados por uma séria anormalidade cardíaca”, explicaram os autores. E a indicação de que os riscos seriam maiores para as mães obesas “tem implicações na saúde, particularmente dado o contínuo aumento da prevalência de obesidade”.

Fonte: JAMA. 11 de fevereiro de 2009.

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