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10 de março de 2011 (Bibliomed). O consumo de cigarro durante a gestação está relacionado ao aumento dos casos de crianças com defeitos cardíacos congênitos (DCC). Segundo J. Clinton Alverson, um dos autores do estudo, publicado na edição de fevereiro da revista Pediatrics, "o fumo materno durante a gravidez tem sido visto como possível fator de risco de defeitos congênitos", diz.
Fumar durante a gravidez pode trazer diversos riscos para a gestação e problemas de saúde para mãe e para o bebê. Entre esses estão o aborto espontâneo, nascimento prematuro, baixo peso dos recém-nascidos, morte do feto ou mesmo do recém-nascido, riscos para placenta e além de sangramentos.
A análise incluiu um total de 2.525 casos e 3.435 infantes do controle, nascidos entre 1981 e 1989. Foram excluídos casos de mães com diabetes gestacional e mães cujos bebês caso de anomalias não cardíacas, exceto para defeitos do septo atrioventricular acompanham a síndrome de Down. Foram utilizados modelos de regressão logística para avaliar a associação de 26 tipos de DCC ao tabagismo materno.
Os resultados mostraram que quanto maior o número de cigarros consumidos durante a gravidez maior o número de casos de DCC. Entre os defeitos mais presentes estão defeitos de saída do ventrículo, estenose da válvula pulmonar, e transposição de grandes artérias. Entre as crianças sem síndrome de Down, houve uma associação sugestiva de defeitos do septo atrioventricular.
"As mulheres que fumam e estão pensando em se tornar grávidas precisam parar de fumar e, se elas já estão grávidas, tem que parar", afirma Thomas R. Frieden, co-autor da pesquisa. "Parar de fumar é a coisa mais importante que uma mulher pode fazer para melhorar sua saúde, bem como a saúde do seu bebê", completa.
Fonte: Pediatrics, 28 de fevereiro de 2011
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