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São Paulo, 30 de Novembro de 2000(eHLA). A suplementação multivitamínica em mulheres grávidas será tema da mesa redonda que acontece no dia 1º de dezembro durante o 5º Congresso Latino-Americano de Perinatologia, no Rio de Janeiro. O objetivo do debate é destacar os mais recentes resultados de pesquisas internacionais que comprovam o papel do ácido fólico na prevenção de defeitos congênitos.
Também conhecido por vitamina B9, o ácido fólico tem papel relevante na gravidez, além de ser eficiente no combate à anemia e às doenças cardiovasculares. A vitamina responde também pela divisão do DNA e pela formação dos glóbulos vermelhos e brancos. Segundo estudos, em média, a cada 700 crianças que nascem no Brasil, uma apresenta problemas congênitos.Entre eles estão a espinha bífida (defeitos na coluna vertebral) e a anencefalia (falha no desenvolvimento do cérebro), que leva a criança à morte. “Estudos já comprovaram que a suplementação quando feita no início da gestação reduz significativamente a incidência de problemas no tubo neural”, explica Dr.Victor Bunduki, especialista em Medicina Fetal da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e participante da mesa-redonda. Segundo ele, as deformações no tubo neural são causadas pela carência de vitaminas no organismo da mãe, principalmente de ácido fólico.
Os dados disponíveis na literatura comprovam que a ingestão de ácido fólico apenas na dieta alimentar não reduz os risco de defeitos. Já os suplementos multivitamínicos são comprovadamente mais eficientes. Um estudo internacional realizado com 5.453 mulheres concluiu que o uso de suplemento vitamínico, contendo 0,8 mg de ácido fólico: reduz o aparecimento de bebês com malformação do tubo neural, diminui a incidência de partos prematuros e melhora a qualidade do leite materno.
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