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Antioxidantes em crianças com síndrome de Down não melhoram o desenvolvimento psicomotor

17 de março de 2008 (Bibliomed). Vários estudos publicados anteriormente indicavam um possível efeito benéfico do uso de antioxidantes e de ácido fólico em portadores de Síndrome de Down, prinicpalmente relacionados com a linguagem e desenvolvimento psicomotor. Embora não tenha sido relatado qualquer efeito significativo, o uso de suplementos vitamínicos e minerais é muito freqüente em crianças com Síndrome de Down na Europa e nos Estados Unidos, devido a comercialização das preparações comerciais alegando benefícios substanciais.

Mas um novo estudo publicado na revista British Medical Journal indica que o uso dos antioxidantes e do ácido fólico não ajuda a estes pacientes a melhorarem sua condição geral.

Pesquisadores britânicos estudaram o efeito de administar tais complementos a 156 bebês com menos de 7 meses de idade com Síndrome de Down, ao longo de um prazo de 18 meses. Neste estudo, os bebês, de vários locais na Inglaterra, foram divididos em quatro grupos. A um grupo foi dada uma dose diária de antioxidantes, um outro grupo recebeu ácido fólico, a um terceiro grupo uma combinação de antioxidantes e ácido fólico, e a um outro grupo foi administrado placebo (composto sem efeito). Todos os suplementos foram dados em um pó que podia ser misturado com o alimento ou bebida.

Após 18 meses, as crianças que permaneciam no estudo foram avaliados quanto ao seu desenvolvimento mental e cognitivo. Os investigadores descobriram que os suplementos usados não haviam feito nenhuma diferença para os resultados bioquímicos no crianças e não melhoraram a sua linguagem ou no desenvolvimento psicomotor.

A pesquisa foi realizada no Centre for Paediatric Epidemiology and Biostatistics, UCL Institute of Child Health, Londres, Inglaterra.

Fonte: BMJ  2008;336:594-597 (15 March).

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