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Composto vegetal pode reduzir déficits cognitivos da Síndrome de Down

18 de dezembro de 2020 (Bibliomed). A síndrome de Down é um conjunto de sintomas resultantes de uma cópia extra ou fragmento do cromossomo 21. Acredita-se que as deficiências intelectuais e de desenvolvimento que acompanham a doença resultem da diminuição do crescimento do cérebro causada pelo aumento da inflamação no cérebro durante a fase da vida fetal.

Agora, uma nova pesquisa revela que o composto vegetal apigenina melhorou os déficits cognitivos e de memória geralmente vistos em um modelo de camundongo com síndrome de Down, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores do National Institutes of Health e de outras instituições. A apigenina é encontrada em flores de camomila, salsa, aipo, hortelã-pimenta e frutas cítricas. Os pesquisadores administraram o composto a camundongas grávidas portadoras de fetos com características da síndrome de Down e, em seguida, aos animais depois que nasceram e enquanto amadureciam.

Em comparação com ratos com sintomas de Down cujas mães não foram alimentadas com apigenina, aqueles expostos ao composto mostraram melhorias nos testes de marcos de desenvolvimento e tiveram melhorias na memória espacial e olfativa. Testes de atividade gênica e níveis de proteína mostraram que os camundongos tratados com apigenina tinham menos inflamação e aumento do crescimento dos vasos sanguíneos e do sistema nervoso.

Até o momento, não existe relato de que a apigenina tenha efeitos tóxicos; estudos anteriores indicaram que o produto é um antioxidante que reduz a inflamação. Ao contrário de muitos compostos, é absorvido pela placenta e pela barreira hematoencefálica, a camada celular que impede que substâncias potencialmente prejudiciais entrem no cérebro.

Os resultados levantam a possibilidade de que um tratamento para diminuir os déficits cognitivos observados na síndrome de Down possa um dia ser oferecido a mulheres grávidas cujos fetos foram diagnosticados com síndrome de Down por meio de testes pré-natais.

Fonte: American Journal of Human Genetics. DOI: 10.1016/j.ajhg.2020.10.001.

Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.

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