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Exposição a praguicidas e solventes aumenta risco de impotência

09 de Julho de 2002 (Bibliomed). Um estudo realizado por pesquisadores argentinos e franceses constatou que, comparados com homens que não tiveram contato com pesticidas, pacientes expostos a inseticidas, herbicidas ou fungicidas são sete vezes mais propensos a apresentar impotência sexual. O risco de disfunção erétil sobe para doze em pacientes expostos a solventes presentes em tintas, esmaltes, vernizes e removedores.

O médico argentino Alejandro Oliva, do Hospital Italiano Garibaldi, em Rosário, e pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisas Médicas da França (Inserm) avaliaram 199 homens de uma região agrícola da Argentina que procuraram atendimento médico entre 1996 e 1998 por causa de disfunção erétil. A exposição a agentes ambientais foi avaliada por meio de uma entrevista detalhada e da análise da capacidade de ereção, medida por um aparelho ligado ao pênis durante o sono.

Os resultados do estudo foram publicados na edição de julho/agosto do Journal of Andrology. O DDT (diclorodifeniltricloretano) e seus derivados seriam os pesticidas que proporcionam um risco maior, embora produtos mais novos também possam estar envolvidos. Já a exposição dos testículos ao calor, como a que ocorre quando se permanece sentado por períodos prolongados, mostrou-se um fator de risco menor para o problema.

Os pesquisadores ainda não sabem qual o tempo de exposição a pesticidas e solventes necessário para provocar o surgimento de distúrbios sexuais, mas fizeram um alerta para que as pessoas fiquem atentas, tomando banho e trocando a roupa logo após a exposição a esses produtos. Ainda não se sabe também se os efeitos podem ser revertidos após a interrupção da exposição a agentes tóxicos. Um estudo mais amplo deve ser feito no próximo ano. Em 2001, os pesquisadores já haviam verificado que determinados pesticidas e solventes contribuem para a redução da contagem de espermatozóides e para a esterilidade.

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