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Belo Horizonte, 22 de Outubro de 2001 (Bibliomed). O rei Mswati III, que governa a Suazilândia – pequeno reino localizado entre a África do Sul e Moçambique –, baixou um decreto inédito para tentar conter o avanço do vírus HIV na localidade.
Pela nova medida, os homens adultos estão proibidos de praticar sexo com adolescentes pelos próximos cinco anos. Quem transgredir a lei será obrigado a pagar a multa de uma vaca.
Todo homem que quiser manter relações sexuais com as garotas deve observar rigorosamente o tempo determinado pelo monarca. Segundo o rei Mswati III, o prazo de cinco anos é suficiente para que as adolescentes cresçam e se tornem maduras.
Outra determinação estabelecida na Suazilândia foi anunciada por Lungile Ndlovu, encarregada pelo regimento feminino tradicional do país, ao qual todas as mulheres solteiras precisam obedecer: qualquer mulher que engravidar e não estiver casada, também nos próximos cinco anos, será multada.
Para facilitar a identificação das mulheres proibidas de fazer sexo, cada adolescente virgem terá que usar um adereço de lã. Lungile Ndlovu justifica que a medida vai trazer de volta a castidade e os valores familiares.
A Suazilândia possui índices cada vez maiores de pobreza, com crescente taxa de natalidade. A mortalidade por Aids também está apresentando aumentos no país. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que cerca de um terço dos cidadãos da Suazilândia tem o vírus HIV.
O rei Mswati III pode se relacionar com alguma adolescente, já que deve escolher uma nova esposa todos os anos entre milhares de virgens. A escolha é feita durante o festival anual denominado Dança da Flauta.
A Aids não é um desafio apenas para os países africanos, onde a doença dizima algumas populações. Na Rússia, 145 mil pessoas estão infectadas com o HIV. O número foi divulgado pelo diretor do Centro Federal Russo de Prevenção da Aids, Vadim PoKrovsky. A maior parcela de infectados, cerca de 15,6 mil pessoas, está em Moscou, seguida de 10,5 mil soropositivos em Sverdlosvk.
Atualmente, a doença se espalhou entre todos os grupos sociais do país. Para o diretor do Centro, no entanto, os números oficiais não refletem a realidade. Vadim acredita que mais de 145 mil pessoas, da população de 145 milhões de habitantes, sejam portadoras do vírus.
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