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Números da epidemia de Aids na China são alarmantes

17 de Abril de 2002 (Bibliomed). Os números da Aids na China estão alarmando as autoridades de saúde. Estimativas apontam que o país tenha 850 mil soropositivos. Entretanto, os dados oficiais trazem estatísticas bem menores, o que revela a resistência dos pacientes em admitir o contágio. Até maio de 2001, os registros eram de apenas 30 mil portadores do HIV em uma população de mais de 1 bilhão de pessoas. Dos 30 mil soropositivos, cerca de 1,5 mil desenvolveram a Aids e quase 700 já tinham morrido. O avanço da doença na China é crescente. As estimativas pularam de 400 mil soropositivos, em 1999, para 600 mil, no ano passado. As mortes já podem ter chegado a 100 mil.

Especialistas alertam que a situação pode ficar descontrolada, se o governo não intervir energicamente no combate à transmissão do vírus. A Organização das Nações Unidas (ONU) acredita que o país terá 10 milhões de soropositivos até 2010.

Os principais desafios para impedir a proliferação do HIV entre os chineses estão na redução do compartilhamento de seringas entre usuários de droga e na eliminação das transfusões ilegais de sangue. A transmissão por relações sexuais, segundo estimativas do governo chinês, responderia por apenas 7,2% dos casos.

As ações emergenciais não são necessárias apenas na China. O presidente Levy Mwanawasa, do Zâmbia, solicitou ao Fundo Global para a Aids a liberação de US$ 19 milhões para a compra de medicamentos, que serão fornecidos a preços mais baixos às vítimas da Aids naquele país. A intenção do governo é distribuir os coquetéis inicialmente na capital Lusaka e na província de Ndola e, posteriormente, no restante do país. O Zâmbia tem 11 milhões de habitantes. Cerca de 650 mil pessoas já morreram em decorrência da Aids.

O crescimento no número de casos da doença no mundo levou o astro Elton John ao senado norte-americano na última semana. O cantor pediu empenho dos políticos do comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensão para frear a epidemia que assola o mundo. A fundação criada por Elton John arrecadou US$ 35 milhões nos últimos dez anos. O dinheiro é destinado ao tratamento e prevenção em 55 países. O cantor lembrou aos senadores norte-americanos que alguns programas prevêem medidas simples para o combate à doença. No Quênia, os ativistas ganharam bicicletas que permitem o acesso a um número maior de pessoas.

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