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Estigma do Câncer Precisa Acabar, Sugerem Especialistas

PARIS (Reuters) - Os tabus que impedem os pacientes de câncer de falar sobre o problema e procurar tratamento precisam acabar para ajudar a combater os casos crescentes da doença fatal, afirmaram especialistas durante um encontro mundial sobre câncer em Paris, na semana passada.

"Em alguns países, há uma conspiração do silêncio em torno do câncer que precisamos combater. Salvaremos vidas se fizermos isto", disse Frances Visco, presidente da Coalizão Nacional contra o Câncer de Mama, que ajuda doentes nos Estados Unidos. "O câncer é algo que deve ser discutido e tratado abertamente", disse Visco.

Profissionais de saúde que se pronunciaram durante o encontro, que durou um dia, disseram que a educação é fundamental para pôr fim ao estigma da doença que muitos pacientes americanos e europeus temem admitir que têm por medo ou discriminação.

O encontro, na sede da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) em Paris, teve o objetivo de estimular a cooperação em pesquisa sobre câncer e aumentar a consciência sobre a doença em todo o mundo.

Os delegados esperam estimular a implementação da "Carta de Paris contra o Câncer", produzida em um encontro inicial realizado em fevereiro do ano passado, que pede mais financiamento para pesquisa e melhor tratamento para os pacientes.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o número de novos casos de câncer registrados a cada ano aumente dos 9 milhões atuais para 20 milhões em 2020, enquanto o número de mortes deve aumentar de cerca de 5 milhões para mais de 10 milhões. O câncer de pulmão é o tipo de carcinoma mais comum e fatal, causando 921 mil mortes por ano.

Especialistas acreditam que leis mais rígidas para limitar a propaganda e aumentar o preço dos cigarros poderiam salvar vidas, já que o fumo responde por 30 por cento das mortes por câncer.

"Podemos reduzir o número de mortes e a incidência de doenças relacionadas ao tabaco com vontade política", disse Derek Yach, diretor-geral do departamento de doenças não transmissíveis e saúde mental da OMS.

Sinopse preparada por Reuters Health

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