Notícias de saúde
25 de setembro de 2025 (Bibliomed). Pessoas que sofrem com zumbidos podem apresentar espasmos faciais e dilatação da pupila em resposta a certos sons, mostrou um estudo realizado no do Lauer Tinnitus Research Center do Mass Eye and Ear, nos Estados Unidos. O zumbido afeta cerca de 12% das pessoas, incluindo 25% dos idosos com 65 anos ou mais. A maioria aprende a conviver com o incômodo, mas cerca de 15% das pessoas têm zumbido tão grave que atrapalha o sono, a saúde mental e as funções cotidianas.
Para o estudo, os pesquisadores levantaram a hipótese de que pessoas com zumbido debilitante podem viver em constante modo de luta ou fuga, reagindo a sons cotidianos como se fossem ameaças. Eles recrutaram 47 pessoas com diferentes níveis de zumbido e as comparou a 50 pessoas saudáveis que serviram como grupo de controle.
As pessoas foram filmadas enquanto ouviam sons agradáveis, neutros ou perturbadores. Os sons desagradáveis incluíam acessos de tosse, gritos ou choro de bebê. Usando software de inteligência artificial (IA), eles procuraram por movimentos faciais involuntários rápidos e sutis, como espasmos nas bochechas, sobrancelhas ou narinas.
Os pesquisadores descobriram que esses espasmos estavam correlacionados aos níveis de sofrimento relatados pelos participantes devido ao zumbido nos questionários. Além disso, os pesquisadores relatam que as pupilas de pessoas com zumbido grave dilataram-se ainda mais a todos os sons, fossem eles agradáveis ou desagradáveis. As pupilas de pessoas sem ou com zumbido menos incômodo responderam apenas aos sons mais desagradáveis. Combinando os espasmos faciais com a dilatação da pupila, os pesquisadores descobriram que podiam identificar com precisão as pessoas mais atormentadas pelo zumbido.
Fonte: Science Translational Medicine. DOI: 10.1126/scitranslmed.adp1934.
Copyright © 2025 Bibliomed, Inc.
Veja também