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Novo aplicativo pode treinar o cérebro e combater o zumbido no ouvido

15 de maio de 2024 (Bibliomed). Uma equipe internacional de pesquisadores, composta por universidades da Austrália, Nova Zelândia, França e Bélgica, desenvolveu um aplicativo inovador chamado MindEar, capaz de reduzir efetivamente o impacto debilitante do zumbido no ouvido em poucas semanas. O estudo, publicado na revista Frontiers in Audiology and Otology, oferece esperança para milhões de pessoas afetadas pelo zumbido, muitas das quais enfrentam longas filas para tratamento ou não podem arcar com os custos de suporte especializado.

O MindEar inclui treinamento e educação sobre o zumbido, auxiliando os pacientes a gerenciar melhor os sintomas. Os resultados do teste inicial com 30 participantes mostraram que quase dois terços experimentaram uma "melhora clinicamente significativa". Agora, a equipe planeja realizar testes mais amplos no Reino Unido em colaboração com o University College London Hospital.

O zumbido no ouvido afeta até uma em cada quatro pessoas e pode ser especialmente debilitante, afetando a audição, o humor, a concentração e o sono. O aplicativo MindEar, disponível para teste em smartphones, combina terapia cognitivo-comportamental, mindfulness, exercícios de relaxamento e terapia sonora para treinar a reação do cérebro ao zumbido.

Os autores do estudo destacam que, ao contrário da crença comum, há algo que pode ser feito em relação ao zumbido, e o MindEar oferece uma opção acessível e eficaz. Com dois terços dos usuários relatando melhora após 16 semanas, a equipe está otimista quanto ao potencial impacto positivo do aplicativo para aqueles que aguardam suporte.

O zumbido no ouvido, embora não seja uma doença em si, é frequentemente um sintoma de outras condições de saúde subjacentes. Embora não haja uma cura conhecida, estratégias de manejo do quadro como o MindEar oferecem esperança para aliviar o desconforto associado ao zumbido, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Fonte: Frontiers in Audiology and Otology. DOI: 10.3389/fauot.2023.1302215.