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Pessoas que dormem tarde podem ter maior risco de perda cognitiva

20 de agosto de 2025 (Bibliomed). Um estudo conduzido por pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Groningen (UMCG), na Holanda, revelou que pessoas com hábitos noturnos – os chamados "notívagos" – podem estar mais propensas ao declínio cognitivo ao longo do tempo, em comparação com quem costuma dormir e acordar cedo.

A pesquisa, parte do projeto nacional BIRD-NL de prevenção da demência, analisou dados de sono e desempenho em testes cognitivos de milhares de participantes ao longo de 10 anos. Os resultados mostraram que pessoas que dormem tarde tendem a apresentar maior queda nas funções cerebrais com o passar do tempo.

Segundo os cientistas, o estilo de vida noturno está associado a comportamentos menos saudáveis, como maior consumo de álcool, tabaco e alimentação inadequada, além de menor prática de atividades físicas — fatores que influenciam diretamente a saúde do cérebro. Cerca de 25% do risco de declínio cognitivo pode ser atribuído ao tabagismo e à má qualidade do sono, conforme revelado pelo estudo.

Curiosamente, o efeito foi mais observado em pessoas com maior nível de escolaridade, possivelmente devido à incompatibilidade entre seus ritmos biológicos e os horários tradicionais de trabalho.

Apesar de não ser possível mudar o “relógio biológico” de forma completa, os especialistas recomendam que os notívagos tentem adaptar suas rotinas e evitem hábitos prejudiciais à noite. A equipe de pesquisa segue investigando se esses padrões de sono também estão ligados a um risco aumentado de demência.

Fonte: The Journal of Prevention of Alzheimer's Disease. DOI: 10.1016/j.tjpad.2025.100168.

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