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Sonolência excessiva durante o dia pode levar à demência

31 de julho de 2025 (Bibliomed). Sentir sonolência excessiva durante o dia na terceira idade pode levar à demência completa, indica estudo realizado no Albert Einstein College of Medicine, nos Estados Unidos. Os resultados mostraram que a disfunção do sono aumenta o risco da síndrome de risco cognitivo motor, um tipo de pré-demência que pode progredir.

No estudo, entre os idosos que sofrem de sonolência diurna excessiva e falta de entusiasmo, 35,5% desenvolveram a síndrome, em comparação com 6,7% das pessoas sem esses problemas. Os pesquisadores ajustaram variáveis que poderiam influenciar o risco da síndrome, como idade, depressão e outras condições de saúde. Mesmo assim, determinaram que pessoas com sonolência diurna excessiva e falta de entusiasmo por atividades tinham mais de três vezes mais chances de desenvolver a síndrome do que aquelas sem esses problemas relacionados ao sono. O risco de desenvolver essa síndrome era maior independentemente de os idosos apresentarem sintomas depressivos.

O estudo incluiu 445 pessoas, com média de idade de 76 anos, sem demência. No início, 42 pessoas apresentavam síndrome de risco cognitivo motor. Outras 36 pessoas desenvolveram a síndrome durante a pesquisa. Desde o início, os pesquisadores perguntaram aos participantes sobre problemas de memória e testaram a velocidade de caminhada em uma esteira. Eles testaram novamente os participantes uma vez por ano, durante uma média de três anos. A avaliação do sono perguntou com que frequência as pessoas tinham problemas para dormir porque acordavam no meio da noite, não conseguiam dormir em 30 minutos, sentiam muito calor ou frio e tomavam remédios para ajudá-las a dormir.

Para avaliar a sonolência diurna excessiva, os pesquisadores perguntaram com que frequência as pessoas tiveram dificuldade para se manter acordadas enquanto dirigiam, faziam refeições ou participavam de atividades sociais. A pergunta sobre entusiasmo questionou o quanto as pessoas tiveram dificuldade em manter uma quantidade adequada de sono para realizar tarefas. Eles reconheceram uma limitação do estudo, pois os participantes relataram suas próprias informações sobre o sono, então suas lembranças podem não ter sido precisas.

Os autores enfatizam a importância da triagem e da intervenção precoce para distúrbios do sono como uma estratégia potencial para prevenir o declínio cognitivo em uma população global que envelhece rapidamente.

Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000210054.

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