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Efeitos do jet lag duram mais do que se imaginava

21 de julho de 2025 (Bibliomed). Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Nacional de Singapura analisou mais de 1,5 milhão de noites de sono de viajantes para entender melhor os impactos reais do jet lag. A pesquisa, baseada em dados do anel inteligente Oura Ring, acompanhou 60 mil viagens superiores a 100 km e revelou que, embora a duração do sono se recupere rapidamente após uma viagem, o horário e a estrutura do sono podem levar mais de uma semana para voltar ao normal.

A principal descoberta é que o jet lag não se limita apenas ao cansaço após um voo. Dormir menos na noite anterior à viagem, dificuldades para dormir durante voos noturnos e o desafio de se ajustar ao novo fuso horário contribuem para um impacto mais prolongado no sono. Viajantes que cruzam vários fusos horários, especialmente para o leste, sentem mais os efeitos, com horários de sono adiantados ou atrasados em até 70 minutos.

Os pesquisadores observaram que a duração do sono volta ao normal dentro de dois dias, mas o ritmo circadiano e a qualidade do sono demoram mais. Curiosamente, viajantes mais velhos parecem sofrer menos com essas mudanças do que os mais jovens. Além disso, homens e mulheres foram igualmente afetados.

Com o uso crescente de dispositivos vestíveis, como o Oura Ring, torna-se possível mapear o sono de forma mais precisa e personalizada. O estudo sugere que estratégias como exposição à luz e uso de melatonina podem ser investigadas para acelerar a recuperação.

Fonte: Sleep. DOI: 10.1093/sleep/zsaf077.

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