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Idosos em casas de repouso apresentam alto índice de declínio cognitivo e funcional

18 de julho de 2025 (Bibliomed). Um estudo realizado no Canadá revelou que muitos idosos que entram em instituições de cuidados prolongados (long-term care, LTC) desenvolvem sérias limitações cognitivas e funcionais, muitas vezes pouco tempo antes do fim da vida.

A pesquisa acompanhou mais de 120 mil residentes de LTC por até 10 anos e descobriu que 20% perderam a capacidade de tomar decisões, 13,4% ficaram totalmente dependentes para cuidados pessoais e 32,8% desenvolveram incontinência urinária ou fecal. Em média, os idosos sobreviveram apenas 45 dias após se tornarem totalmente dependentes e cerca de um ano após o início da incontinência.

O estudo também apontou que a idade e a presença de demência influenciam no tempo de sobrevida após o surgimento dessas limitações: idosos com menos de 80 anos ou aqueles diagnosticados previamente com demência tendem a viver mais tempo mesmo após o início de graves incapacidades.

Esses dados destacam a importância de decisões médicas centradas no paciente e baseadas na compreensão do progresso natural da fragilidade em idosos. Saber quando essas limitações surgem pode ajudar as famílias e as equipes de saúde a planejarem melhor os cuidados, evitando tratamentos desnecessários que não melhoram a qualidade de vida.

Os autores defendem a necessidade de comunicação aberta e transparente entre médicos, residentes e familiares para garantir que os cuidados prestados estejam alinhados com os desejos e valores dos idosos.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2025.5635.