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Fratura de quadril acelera muito a mortalidade entre idosos

25 de setembro de 2014 (Bibliomed). Pouco se sabe sobre os resultados após fratura de quadril entre os residentes do lar de idosos de longo prazo. Assim, um estudo publicado no último número da revista JAMA Internal Medicine buscou descrever padrões e preditores de mortalidade e declínio funcional nas atividades da vida diária entre os residentes de lar de idosos após uma fratura de quadril.

Tratou-se de um estudo do tipo coorte retrospectivo de 60.111 beneficiários do Medicare nos Estados Unidos, residentes em lares de idosos e que foram hospitalizados com fraturas de quadril. As fontes de dados foram extraídas do conjunto de dados do Medicare e do Lar de idosos. Os principais resultados incluíram morte por qualquer causa em 180 dias após a fratura e um desfecho composto de morte ou nova dependência total na locomoção na última avaliação disponível no prazo de 180 dias.

De 60.111 pacientes, 21.766 (36,2%) morreram em 180 dias após a fratura; entre os pacientes não totalmente dependentes no início do estudo, 53,5% morreram ou desenvolveram nova dependência total no prazo de 180 dias. Dentro de cada paciente, a função de atividade diminuiu substancialmente após fratura em todos os domínios de AVD avaliados. Na análise ajustada, as maiores diminuições de sobrevivência após a fratura ocorreram com idade superior a 90 anos.

O risco combinado de morte ou nova dependência total na locomoção dentro de 180 dias foi maior entre pacientes com comprometimento cognitivo muito grave, pacientes que receberam tratamento não-cirúrgico, e os pacientes com idade superior a 90 anos.

Pode-se concluir que a sobrevida e os resultados funcionais são ruins após fratura de quadril entre os residentes do lar de idosos, especialmente para os pacientes que receberam tratamento não-cirúrgico, os de idade mais avançada e pacientes com múltiplas comorbidades e comprometimento cognitivo avançado.

Fonte: JAMA Intern Med. 2014;174(8):1273-1280.