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23 de junho de 2025 (Bibliomed). Um estudo realizado com mais de 22 mil gêmeos finlandeses ao longo de quatro décadas trouxe novas perspectivas sobre a relação entre atividade física e longevidade. Apesar de ser consenso que o exercício regular melhora a saúde, os pesquisadores descobriram que o efeito da atividade física sobre a mortalidade por todas as causas pode ser influenciado por fatores genéticos e pela saúde pré-existente dos participantes.
O estudo, publicado no European Journal of Epidemiology, analisou padrões de atividade física entre 1975 e 1990 e acompanhou os participantes até 2020. Foram identificados quatro perfis: sedentários, moderadamente ativos, ativos e altamente ativos. Também foi avaliado o envelhecimento biológico por meio de "relógios epigenéticos", em uma subamostra com exames de sangue.
Os resultados mostraram que pessoas ativas tinham um risco até 7% menor de mortalidade em comparação aos sedentários, especialmente no curto prazo. No entanto, essa associação desapareceu quando se consideraram fatores genéticos, estilo de vida e histórico de doenças cardiovasculares. Curiosamente, tanto indivíduos sedentários quanto altamente ativos apresentaram sinais de envelhecimento biológico acelerado, sugerindo que excessos - para mais ou para menos - podem impactar negativamente a saúde.
Os autores concluem que a ligação entre atividade física e longevidade pode ser menos direta do que se pensava, sendo influenciada por genética e saúde preexistente. Mesmo assim, manter-se ativo continua sendo benéfico para qualidade de vida e prevenção de doenças, ainda que o impacto direto sobre o tempo de vida exija mais investigação.
Fonte: European Journal of Epidemiology. DOI: 10.1007/s10654-024-01200-x.
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