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Exercício físico realmente prolonga a vida?

17 de junho de 2025 (Bibliomed). Fazer exercícios é amplamente recomendado para uma vida longa e saudável, mas um novo estudo finlandês com gêmeos revelou que a relação entre atividade física e longevidade pode ser mais complexa do que se pensava. Pesquisadores da Universidade de Jyväskylä analisaram dados de mais de 22 mil gêmeos nascidos antes de 1958, acompanhando seus hábitos de atividade física e taxas de mortalidade ao longo de 45 anos.

O estudo identificou quatro perfis de prática de exercícios: sedentários, moderadamente ativos, ativos e altamente ativos. Curiosamente, o maior benefício em termos de redução de mortalidade (7% menor risco) foi observado entre os sedentários e os moderadamente ativos. Ou seja, aumentar ainda mais o nível de atividade física não trouxe benefícios adicionais na longevidade.

No curto prazo, quem se exercitava mais teve menor risco de morte. No entanto, a longo prazo, os muito ativos não apresentaram vantagem sobre os sedentários. Os pesquisadores sugerem que doenças em estágio inicial podem reduzir a capacidade de se exercitar e, eventualmente, levar à morte - o que pode distorcer a relação entre exercício e longevidade em análises de curto prazo.

Outro dado intrigante veio da análise do envelhecimento biológico por meio de amostras de sangue: o ritmo de envelhecimento foi mais acelerado tanto entre os que se exercitavam pouco quanto entre os que se exercitavam demais, formando uma curva em "U".

Além disso, o estudo não encontrou evidências de que seguir as diretrizes da Organização Mundial da Saúde para atividade física reduzisse o risco de morte ou doenças cardíacas em pessoas com predisposição genética.

Esses achados não desvalorizam os benefícios da atividade física, mas sugerem que seu impacto na longevidade depende de muitos outros fatores, incluindo genética e estilo de vida.

Fonte: University of Jyväskylä, Finland. News-release.

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