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19 de junho de 2012 (Bibliomed). A Lipodistrofia é uma doença comum entre os portadores do HIV e se caracteriza pela distribuição irregular de gordura no corpo, o que causa acúmulo ou perda da mesma em algumas áreas.
Para combater a doença, pesquisador da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da Universidade de São Paulo (USP), submeteu sete pacientes diagnosticados com o problema a sessões de exercícios físicos de força. Tanto a lipodistrofia quanto o colesterol alto e os triglicérides apresentaram melhoras.
Segundo Pedro Pinheiro Paes Neto, educador físico autor da pesquisa, com o uso dos antirretrovirais, os pacientes vivem mais e melhor com o vírus da AIDS, mas o uso prolongado da medicação apresenta efeitos colaterais, como a lipodistrofia. O pesquisador ressalta que são comuns taxas altas de colesterol e triglicérides nesses pacientes, e o exercício físico pode ajudar a combater tais problemas.
Os voluntários da pesquisa realizaram, ao longo de 12 semanas, 36 sessões de treinamento, cada uma composta pelo aquecimento, treinamento e relaxamento. No fim do processo, todas as variáveis negativas apresentavam diminuição. O pesquisador ressalta que a prática da atividade física trouxe melhorias na qualidade de vida para os pacientes. Foi observado que a lipodistrofia e o triglicérides foram os problemas que apresentaram melhoras mais significativas.
Pedro Paes destaca que houve uma melhora da autoestima nos pacientes, o que foi refletido no convívio social. “A prática fora das nossas sessões de treino promoveu a reinserção na sociedade por meio da atividade física, o que foi um grande ganho qualitativo da pesquisa. Embora os efeitos quantitativos tenham sido muito positivos, a maior queixa deles continua sendo o preconceito, o que é diminuído com essa inserção social”, diz o educador físico.
Para Paes, é importante estimular a atividade física em pacientes com HIV e com lipodistrofia, pois os exercícios se mostram como uma terapia alternativa, que dá resultados e não envolve medicamentos.
Fonte: Agência USP, 23 de maio de 2012
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