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28 de março de 2025 (Bibliomed). Um estudo recente avaliou o impacto do uso de maconha (cannabis) durante a gravidez no estresse e na depressão das gestantes e concluiu que a substância não acelera a redução desses sintomas, mesmo entre mulheres que a utilizam para lidar com problemas de saúde mental.
A pesquisa acompanhou 504 gestantes em uma clínica obstétrica de 2019 a 2024, analisando o uso de cannabis, os níveis de depressão e estresse em cada trimestre e as motivações para o consumo da substância. Quase metade das participantes (46,8%) relatou o uso de cannabis após saberem da gravidez, sendo que a maioria (58,1%) afirmou utilizá-la para aliviar sintomas de saúde mental.
Os resultados mostraram que, embora os níveis de depressão e estresse tenham diminuído ao longo da gravidez, essa redução foi semelhante tanto para usuárias de cannabis quanto para aquelas que não usaram a substância. Além disso, as gestantes que usaram cannabis para lidar com problemas mentais apresentaram níveis mais altos de depressão em todos os trimestres, mas a taxa de diminuição dos sintomas não foi maior em comparação com as não usuárias.
Os pesquisadores alertam que o uso de cannabis durante a gravidez pode não oferecer os benefícios esperados para a saúde mental e incentivam profissionais de saúde a priorizarem tratamentos comprovados para depressão e estresse em gestantes, como terapia psicológica e intervenções farmacológicas seguras. Assim, esta pesquisa reforça a importância de alternativas seguras para saúde mental durante a gestação.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.51597.
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