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11 de março de 2025 (Bibliomed). A vizinhança em que se vive pode impactar diretamente no risco de sofrer um ataque cardíaco. É o que indicam dois estudos apresentados na última edição da reunião anual da Sociedade Europeia de Cardiologia.
Para determinar o impacto de um bairro barulhento na saúde cardiovascular, médicos do Instituto de Pesquisa Cardiovascular de Bremen, na Alemanha, avaliaram os níveis de ruído do bairro de 430 pessoas com 50 anos ou menos que foram levadas a um hospital por um ataque cardíaco (clinicamente conhecido como infarto do miocárdio).
Pessoas com baixos níveis de fatores de risco cardíaco, como diabetes e tabagismo, tinham mais probabilidade de serem internadas no hospital com um ataque cardíaco se vivessem em um bairro barulhento.
Já um estudo realizado na Universidade de Borgonha e na Hospital de Dijon, na França, focou nos resultados para pessoas que sobreviveram a um ataque cardíaco.
Os pesquisadores rastrearam um resultado composto de eventos cardiovasculares, incluindo morte cardíaca, re-hospitalização por insuficiência cardíaca, necessidade de procedimentos de emergência como angioplastia ou stents, acidente vascular cerebral ou angina (dores no peito). Eles também mediram o nível de decibéis no endereço residencial de cada paciente (o nível médio foi de 56 decibéis em um período de 24 horas).
No geral, as chances de um sobrevivente de ataque cardíaco ter algum tipo de evento cardiovascular aumentaram 25% para cada aumento de 10 decibéis nos níveis de ruído noturno. Esses resultados se mantiveram verdadeiros mesmo depois que os pesquisadores descartaram outros estressores ambientais, como poluição do ar ou pobreza.
Fonte: European Society of Cardiology Annual Meeting 2024.
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