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27 de novembro de 2020 (Bibliomed). Muitos sobreviventes de ataques cardíacos temem que retomar a vida sexual possa desencadear outro ataque. Mas uma nova pesquisa da Universidade de Tel Aviv, em Israel, sugere que o oposto pode ser verdade: de acordo com o estudo retomar uma vida sexual normal nos meses após um ataque cardíaco pode realmente aumentar a sobrevivência.
No estudo, os pesquisadores coletaram dados sobre quase 500 pessoas sexualmente ativas com 65 anos ou menos que foram hospitalizadas por um ataque cardíaco em 1992 ou 1993. Durante um acompanhamento médio de 22 anos, 43% dos pacientes morreram. Mas o estudo descobriu que aqueles que mantiveram ou aumentaram a frequência do sexo durante os primeiros seis meses após um ataque cardíaco tiveram risco 35% menor de morte, em comparação com aqueles que não o fizeram.
O benefício de sobrevivência de fazer mais sexo parecia ligado a reduções nas mortes não cardiovasculares, por exemplo, menos mortes ligadas ao câncer. Os pesquisadores ressaltam que as descobertas não podem provar que o retorno à atividade sexual logo após um ataque cardíaco melhora diretamente a sobrevivência a longo prazo, mas provam uma associação entre os dois.
Os pesquisadores explicam que o sexo é uma forma de exercício físico que aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial. E embora o esforço físico vigoroso às vezes possa causar um ataque cardíaco, a atividade física regular também pode reduzir o risco de problemas cardíacos ao longo do tempo.
Fonte: European Journal of Preventive Cardiology. DOI: 10.1093/eurjpc/zwaa011/5909824.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
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