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14 de agosto de 2024 (Bibliomed). Pesquisadores da Johns Hopkins Medicine descobriram que o estresse social durante a adolescência pode levar a um aumento prolongado do hormônio cortisol após o parto, o que pode estar associado a um maior risco de depressão pós-parto (PPD). O estudo experimental, realizado em camundongos, publicado na revista Nature Mental Health, sugere que as experiências adversas na vida precoce podem exacerbar patologicamente a depressão pós-parto.
O estudo analisou grupos de camundongos submetidos a isolamento social na adolescência e observou os efeitos nos níveis de cortisol após o parto. Os resultados mostraram que, enquanto as mães sem experiências adversas na vida precoce tinham uma diminuição dos níveis de cortisol após o parto, aquelas com tais experiências mantiveram níveis elevados do hormônio por até três semanas, indicando um possível vínculo entre o estresse prolongado e a PPD.
Os pesquisadores destacam que o tratamento padrão para depressão pós-parto, que frequentemente envolve inibidores seletivos de recaptação de serotonina (SSRIs), é eficaz em apenas cerca de metade dos casos. O estudo sugere que antagonistas do receptor de glicocorticoides, como a mifepristona, que bloqueiam os efeitos do cortisol elevado, podem ser uma opção de tratamento promissora.
Esse novo entendimento poderia levar a tratamentos mais eficazes e individualizados para a depressão pós-parto, permitindo que as mães recebam cuidados em casa e evitem a separação de seus bebês, assim abordando um mecanismo específico da depressão relacionado à depressão pós-parto.
Fonte: Nature Mental Health. DOI: 10.1038/s44220-024-00217-1.
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