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Uso de maconha na gravidez está ligado a maior risco para o bebê

28 de julho de 2025 (Bibliomed). Um novo estudo publicado na JAMA Pediatrics reforça os riscos do uso de cannabis durante a gravidez. A pesquisa, que reuniu dados de mais de 21 milhões de gestantes em 51 estudos ao redor do mundo, concluiu que o uso da substância está associado a um aumento significativo no risco de partos prematuros, bebês com baixo peso ao nascer e crescimento fetal abaixo do esperado. Também foi observada uma relação com maior risco de mortalidade perinatal, embora com menor grau de certeza.

Mesmo após considerar fatores como o uso simultâneo de tabaco, os resultados apontam que a maconha pode afetar negativamente o desenvolvimento do feto. O estudo é uma atualização de revisões anteriores, com um aumento no nível de confiança dos resultados, passando de “baixo” para “moderado” em relação aos principais desfechos analisados.

A maconha é atualmente a substância ilícita mais usada durante a gestação, e sua crescente aceitação social tem levantado preocupações sobre possíveis impactos na saúde materno-infantil. Os autores defendem que profissionais de saúde devem incluir esse tema nas orientações pré-natais e que campanhas públicas de conscientização sejam ampliadas.

A mensagem é clara: embora vista por muitos como inofensiva, a cannabis pode trazer sérias consequências para o bebê quando usada durante a gestação.

Fonte: JAMA Pediatrics. DOI: 10.1001/jamapediatrics.2025.0689.

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