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28 de julho de 2025 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá, identificaram uma conexão molecular inédita entre a gordura corporal (tecido adiposo) e a ansiedade, trazendo novos entendimentos sobre como o metabolismo influencia a saúde mental.
A descoberta é especialmente relevante diante do aumento global de casos de obesidade e transtornos de ansiedade, e mostra que o corpo e a mente estão mais interligados do que se imaginava. O estudo aponta que situações de estresse psicológico ativam a resposta de "luta ou fuga", que estimula a lipólise - processo no qual as células de gordura liberam ácidos graxos.
Essa liberação de gordura, por sua vez, induz a produção de um hormônio chamado GDF15, originado de células imunológicas no tecido adiposo. O GDF15 atua como um mensageiro, enviando sinais ao cérebro que resultam em sintomas de ansiedade. Os testes foram realizados em camundongos, combinando análises moleculares e comportamentais para confirmar essa via de comunicação entre o corpo e o cérebro.
Segundo os cientistas, essa descoberta abre novas possibilidades para tratar a ansiedade por meio do bloqueio de vias metabólicas específicas, como a que envolve o GDF15. Algumas empresas já estão desenvolvendo inibidores desse hormônio para tratar o câncer, o que pode facilitar o avanço para o uso em transtornos de ansiedade.
Compreender como o estresse influencia o funcionamento do tecido adiposo pode levar a terapias mais eficazes e direcionadas para milhões de pessoas que sofrem com ansiedade.
Fonte: Nature Metabolism. DOI: 10.1038/s42255-025-01264-3.
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