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13 de agosto de 2024 (Bibliomed). Pesquisadores da Stanford Medicine, nos Estados Unidos, descobriram que algoritmos de inteligência artificial (IA) podem aumentar significativamente a precisão dos diagnósticos de câncer de pele. O estudo recentemente publicado demonstra que a IA, quando usada em conjunto com profissionais de saúde, pode melhorar tanto a sensibilidade quanto a especificidade dos diagnósticos.
Durante a pesquisa, que fez um levantamento de pesquisa anteriores, 12 estudos envolvendo mais de 67.000 avaliações de possíveis cânceres de pele foram revisados. Os resultados mostraram que, sem a assistência da IA, os profissionais de saúde conseguiram diagnosticar corretamente cerca de 75% dos casos de câncer de pele. Com a ajuda da IA, essa taxa aumentou para aproximadamente 81,1%. A especificidade dos diagnósticos, ou seja, a capacidade de identificar corretamente aqueles que não têm câncer, também melhorou de 81,5% para 86,1%.
A pesquisa destacou que estudantes de medicina, enfermeiros e médicos de atenção primária foram os que mais se beneficiaram com a orientação da IA, melhorando seus diagnósticos em média 13 pontos em sensibilidade e 11 pontos em especificidade. Dermatologistas e residentes de dermatologia, embora já apresentassem um desempenho superior, também viram melhorias significativas com o suporte da IA.
Além de aprimorar a precisão dos diagnósticos, a incorporação da IA tem potencial para reduzir o esgotamento dos médicos e melhorar as relações interpessoais entre médicos e pacientes. O próximo passo para os pesquisadores é investigar como a percepção e as atitudes de médicos e pacientes em relação à IA podem influenciar sua implementação no tratamento médico.
Fonte: npj Digital Medicine. DOI: 10.1038/s41746-024-01010-1.
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